Muitos já observaram o seguinte problemão no desenvolvimento de métodos: a piora do formato de picos (e consequentemente da resolução) ao se colocar uma coluna de diâmetro interno menor.

Suponhamos que o operador fez todos os preparativos adequados para a realização deste processo (reduziu o fluxo com base na equação da vazão volumétrica descrita no post 1 da série, reduziu volume de injeção e/ou concentração para verificar possíveis sobrecargas e até mesmo atualizou o método de preparo de amostras com melhorias como a utilização de filtros de 0.22 μm) e nada mudou… o que pode ser?

Nessas horas, cabe dar uma olhadinha no equipamento utilizado, mais precisamente no seu volume extra-coluna, ou seja, todo o volume de sistema que pode ocasionar algum efeito adverso ao perfil cromatográfico que não o da própria coluna. Este volume se estende desde o injetor até o detector de um cromatógrafo.

O volume extra-coluna é algo que fatalmente sempre estará entre nós, afinal de contas é necessário que se tenha uma tubulação que leve fase móvel de um ponto A até um ponto B. A grande questão é o quanto isso é significativo.

Considerando um equipamento relativamente antigo, este valor pode ser da ordem de 100 μL. Já uma coluna de 250 mm x 4.6 mm com partículas de 5 μm e porosidade padrão para partículas totalmente porosas (P=0,7) tem-se um volume de 2900 μL, e o valor do volume extra-coluna é insignificante. Por outro lado, o valor já passa a ser bem expressivo quando se trata de uma coluna de UHPLC de de 50 mm x 2.1 mm com partículas de 2 μm cujo volume seria de aproximadamente 120 μL.

Neste caso, cabe verificar algumas partes de um equipamento, de modo a garantir que se está trabalhando com os menores volumes o possível. O tubo capilar utilizado para a conexão entre o injetor e a coluna são um dos pontos que podem ser verificados de modo a reduzir o volume extra-coluna de um sistema.

Para mais dicas, consulte a equipe técnica da Acore

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