A fêmea do mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue no Brasil. Ao contrário do que imaginam, seus ovos não são postos diretamente na água limpa, mas sim milímetros acima da sua superfície, em recipientes como garrafas, copos plásticos, pneus, calhas, caixas d´água descobertas, pratos de plantas ou qualquer outro recipiente passível de armazenar água da chuva. Esses ovos podem resistir, sem contato com a água, por até um ano. Ao chover, o nível de água sobe, entra em contato com os ovos que, em questão de minutos, eclodem. Uma vez contaminada com o vírus da dengue, a fêmea do mosquito se torna vetor permanente da doença e, ainda, há chances de 30% a 40% de suas crias já nascerem infectadas.1

O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Estudos apontam que a infecção por um dos quatro sorotipos leva a uma imunização de todos os tipos de vírus por alguns meses e, posteriormente, mantém-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi infectado.1 O Governo Federal tem realizado uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses, intensificando seus esforços e reforçando a conscientização sobre metidas de prevenção.2 Dentre as principais medidas adotadas, a remoção/vedação de locais propícios a desova da fêmea e o uso de repelentes são as formas mais empregadas atualmente.1 Entretanto, a incorporação de uma vacina é o foco principal das inciativas tomadas pelo Governo ao longo do ano de 2024.2

O Governo salienta que, apesar da vacina, é imprescindível manter os outros cuidados com a doença.2 O uso de repelentes representa um importante hábito entre a população. As principais substâncias ativas empregadas como repelentes são N,N-dietil-m-toluamida (DEET), hidroxietil isobutil-piperidina carboxilato de etilo (Icaridina) e etil-butil-acetilaminopropionato (IR355). Aqueles que utilizam o DEET como princípio ativo possuem uma concentração de 5 a 30% com tempo médio de duração de 4 a 6 horas.3

Em altas concentrações, o DEET é tóxico, principalmente em crianças menores de 12 anos. Nesse sentido, o controle da sua concentração se faz necessário. O estudo desenvolvido por F. Santos apresentou resultados satisfatórios para o doseamento do DEET em preparações solução, gel e loção nos principais repelentes comerciais.3 Para isso, fez-se uso da cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com detector UV, utilizando a coluna Inertsil ODS-3 da GL Science. A eficácia e simplicidade do método foi evidenciado por meio do emprego de uma fase móvel composta por metanol, acetonitrila e água, com ajuste de pH de 4,5, e corrida analítica de 20 minutos.

 

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