A sobremesa do momento combina brigadeiro branco, calda e o irresistível morango, protagonista dessa febre nas redes sociais. Mas por trás de toda essa doçura, há uma realidade preocupante: o morango está entre os alimentos com maior índice de contaminação por pesticidas no Brasil e no mundo.

Segundo a ANVISA e diversas pesquisas internacionais, o morango frequentemente apresenta resíduos de agrotóxicos acima dos limites seguros. Isso é especialmente alarmante considerando que muitos desses compostos estão associados a efeitos tóxicos crônicos, incluindo danos neurológicos, distúrbios hormonais e potencial carcinogenicidade.

Um estudo recente investigou a presença de oito pesticidas específicos em morangos frescos, incluindo compostos como clorfenapir, cipermetrina, difenoconazol e imidacloprido, e revelou que, mesmo em baixas concentrações, a exposição contínua representa um risco à saúde humana.

Um ponto crucial nesse cenário é a necessidade de determinar com precisão a quantidade de resíduos de pesticidas nos morangos, a fim de verificar se estão dentro dos limites aceitáveis para o consumo humano. Para que essa avaliação seja confiável, é fundamental que o preparo da amostra seja bem executado, garantindo a extração eficiente dos pesticidas presentes e possibilitando uma quantificação precisa.

É aí que entra o método QuEChERS (rápido, fácil, barato, eficaz, robusto e seguro): uma técnica consagrada na extração de múltiplos pesticidas em frutas e vegetais, com alta eficiência e simplicidade.

Neste post, vamos apresentar um estudo que utiliza o QuEChERS como método de preparo para analisar resíduos de pesticidas em morangos, demonstrando como essa abordagem pode ser aplicada na rotina laboratorial.

O estudo foi publicado na revista científica Journal of Agriculture and Food Research e empregou o método QuEChERS seguindo de análise por HPLC-MS/MS para identificar 35 pesticidas.

A figura abaixo, retirada do estudo, apresenta um fluxograma conciso que resume as etapas essenciais do método QuEChERS. As etapas ilustradas nesta figura representam o processo de limpeza da matriz e extração dos pesticidas, conforme descrito no AOAC Official Method 2007.01, com algumas modificações.

Com base nas especificações detalhadas e na comprovada eficácia do método QuEChERS apresentado neste estudo, a GL Sciences oferece um portfólio completo de kits que fornecem os reagentes e materiais auxiliares necessários, como os sais de extração (NaCl, MgSO₄ e CH₃COONa) e os adsorventes para a etapa de limpeza dSPE (PSA, GCB e MgSO₄), todos em formatos pré-pesados e prontos para uso. Esses kits estão perfeitamente alinhados com as exigências de métodos como o descrito, facilitando a replicação e a otimização do preparo de amostras.

Estamos prontos para oferecer suporte técnico e soluções que contribuam para uma implementação eficiente e precisa da metodologia QuEChERS em seu laboratório.

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Atenção: Recomendação do Ministério da Saúde: lavar as frutas com água e sabão, e depois deixar de molho em uma mistura de 1 L de água com 2 colheres de sopa de água sanitária. Vale ressaltar que higienizar é importante, mas no caso do morango só é possível retirar os pesticidas residuais da casca, no entanto, uma parte será absorvida e estará no interior do morango.

Referências Bibliográficas
GORDAN, Hasti; MAHDAVI, Vahideh; BASIJ, Moslem; KHANEGHAH, Amin Mousavi. Optimized QuEChERS-HPLC-MS/MS method for pesticide residue detection in strawberries and associated health risks. Journal of Agriculture and Food Research, v. 21, p. 101907, 2025. DOI: 10.1016/j.jafr.2025.101907.
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