A LSD1 (demetilase 1 específica para lisina) é uma enzima que remove grupos metil de resíduos específicos de lisina na histona H3. As histonas são proteínas que organizam o DNA dentro do núcleo celular e regulam a expressão gênica, controlando o grau de compactação do DNA.
Quando a atividade da LSD1 está desregulada, especialmente quando ocorre sua superexpressão, ela está associada a vários tipos de câncer. Por isso, a LSD1 se tornou um alvo terapêutico importante para diversas empresas farmacêuticas que desenvolvem tratamentos oncológicos baseados em pequenas moléculas direcionadas.
O composto apresentado na Figura 1, desenvolvido pelo grupo da professora Liau, da Universidade de Harvard, é um intermediário-chave na síntese de uma biblioteca de potenciais novas terapias contra a LSD1. Estudos anteriores realizados pelas empresas Takeda e GlaxoSmithKline mostraram que a estereoquímica trans (R,R) desse composto é a mais eficaz para inibir a enzima. Por isso, é fundamental separar o enantiômero trans (S,S), que apresenta menor eficácia, para garantir a seletividade e a robustez dos resultados experimentais.
Para escolher a coluna quiral com melhor seletividade para os enantiômeros, foi realizada uma triagem com diversas colunas CHIRALPAK®, incluindo os modelos IA, IB N5, IC, ID, IE, IF, IG, IH, IJ, IK, IM e IN, todas com 4,6 mm de diâmetro interno, 250 mm de comprimento e partículas de 5 µm.
Antes de iniciar a triagem completa, foi feita uma verificação preliminar da retenção para garantir uma eluição adequada. Uma única injeção foi realizada na coluna IB N-5, utilizando duas fases móveis: hexano-etanol e hexano-isopropanol na proporção 70:30 (v/v). As melhores separações, avaliadas pela seletividade, ocorreram na coluna IK com etanol como fase móvel.
Para melhorar ainda mais a separação e aumentar o rendimento na escala preparativa, utilizou-se uma fase móvel com menor poder eluente, na proporção 80:20 hexano-etanol. Essa condição possibilitou a separação mostrada na Figura 2.
Para estimar a produtividade em condições preparativas, 20 miligramas do composto foram dissolvidos na fase móvel. Em seguida, foram realizadas injeções com volumes progressivamente maiores (conforme ilustrado na Figura 3), até o ponto em que a cauda do primeiro pico começasse a se sobrepor à frente do segundo pico, indicando o limite ideal de separação.
Com base na carga da amostra (500 µl de uma solução a 20 mg/mL) e no tempo de cada corrida cromatográfica (6 minutos), calculou-se uma produtividade de 100 mg por hora utilizando uma coluna analítica de 4,6 x 250 mm.
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