A Triptorrelina é um análogo sintético do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), amplamente utilizado na prática clínica devido à sua potência superior ao hormônio nativo e maior resistência à proteólise. Como agonista de GnRH, a Triptorrelina se liga com alta afinidade aos receptores de GnRH nas células da hipófise anterior, induzindo inicialmente a secreção de hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH). Entretanto, com a administração contínua, ocorre uma dessensibilização dos gonadotrofos hipofisários, resultando na inibição da secreção de gonadotrofinas e, consequentemente, na supressão da produção de hormônios esteroides gonadais.
Dentre as formas farmacêuticas disponíveis, o Pamoato de Triptorrelina destaca-se como uma formulação de liberação prolongada, amplamente utilizada no tratamento de condições hormonais sensíveis, como câncer de próstata avançado, endometriose, leiomiomas uterinos e puberdade precoce central. Essa formulação é composta por ésteres de cadeia longa, projetados para fornecer níveis terapêuticos consistentes da droga por períodos prolongados, reduzindo a necessidade de administrações frequentes e melhorando a adesão ao tratamento. A escolha pela forma Pamoato se deve às suas propriedades de estabilidade e perfil de liberação controlada, tornando-a uma opção eficiente e conveniente para o manejo de diversas condições clínicas.
No post de hoje, trazemos a análise do teor de Pamoato de Triptorrelina por HPLC, empregando a coluna InertSustain C18, com base no método preliminar da USP, onde o cromatograma obtido pode ser visto abaixo na Figura 1, juntamente com as condições cromatográficas. Os resultados demonstram excelente precisão no método analítico, com valores de Desvio Padrão Relativo para a área de pico de ambos os compostos bem abaixo dos limites especificados:
• Área do pico do Ácido Pamóico: 0,09% (limite ≤ 1,0%)
• Área do pico do Acetato de Triptorrelina: 0,17% (limite ≤ 2,0%)
Isso confirma a alta repetibilidade e confiabilidade do sistema cromatográfico utilizado. Confira!
Figura 1: Cromatograma do Pamoato de Triptorrelina