A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são estratégias de prevenção ao HIV que utilizam medicamentos antirretrovirais. A diferença entre elas está no momento de uso: a PrEP é usada antes de uma possível exposição ao vírus, enquanto a PEP é indicada logo após a exposição, em emergências.
Entre os medicamentos usados nesses tratamentos, destacam-se:
- Emtricitabina: É um análogo sintético da desoxicitidina que atua como inibidor nucleosídeo da transcriptase reversa (NRTI). Ele bloqueia a ação da enzima transcriptase reversa do HIV, impedindo a replicação do vírus.
- Fumarato de Tenofovir Desoproxila: Um pró-fármaco do Tenofovir, derivado da adenina, que também age como inibidor nucleosídeo da transcriptase reversa. Ele se incorpora ao DNA viral, interrompendo sua síntese.
- Elvitegravir: Um inibidor de integrase, que bloqueia a integração do material genético do HIV ao DNA da célula hospedeira, impedindo a replicação do vírus.
- Cobicistate: Apesar de não ter ação antiviral direta, é um potenciador farmacocinético. Ele inibe a enzima CYP3A4, aumentando a eficácia e a duração de outros medicamentos, como o Elvitegravir.
Esses medicamentos, quando utilizados de forma correta, são ferramentas poderosas para prevenir o HIV e reduzir a transmissão do vírus, contribuindo significativamente para o controle da epidemia.
Hoje destacamos uma pesquisa publicada no Journal of Chromatographic Science, na qual os pesquisadores validaram um método cromatográfico para a separação simultânea destes quatro fármacos em uma única formulação, uma abordagem que pode trazer benefícios significativos para a indústria farmacêutica. O estudo também incluiu análises de estabilidade para compreender as vias de degradação e identificar possíveis impurezas presentes no produto.
A separação cromatográfica foi realizada utilizando uma coluna Inertsil ODS (250 × 4,6 mm, 5 µm) da GL Sciences, mantida à temperatura ambiente. A fase móvel consistiu em tampão fosfato, com o pH ajustado para 2,5, e acetonitrila na proporção de 55:45% (v/v), aplicada a uma vazão de 1 mL/min. Os analitos foram monitorados a 250 nm, e o cromatograma da amostra sem sinais de degradação está apresentado na Figura 1.
O método desenvolvido pelos pesquisadores foi cuidadosamente testado quanto à sua precisão, linearidade, exatidão, robustez, LOD e LOQ. Os resultados obtidos demonstraram excelente performance da coluna Inertsil ODS. Adicionalmente, foram realizados estudos de degradação forçada na mesma coluna, permitindo a separação eficaz das substâncias ativas, sem interferência de excipientes ou produtos de degradação.